sábado, 1 de agosto de 2009

FINAL




As ondas batem suaves na cadência das águas,
escondem as rochas,
um barco estremece e eleva-se ,
outro barco balança as velas ao longe...
um outro segue o seu destino.

Tudo se aquieta num tempo derradeiro,
numa despedida de encanto
e sente-se a Tua presença,
qual farol ensinando o caminhante.

A magia do silêncio,
o canto da natureza,
juntam-se ao musgo sedoso
desse instante luminoso.

As ondas murmuram leves e nuas,
tudo é uma aventura constante
e o Tempo pára...
E dá o esquecimento
de terras a ruir,
pontes a abater
e Gente a morrer.

Maria Luísa O. M. Adães