domingo, 1 de novembro de 2009

Tu o Dizes...


Tu o dizes,
Eu assim faço como dizes.

Ontem adormeci,
Havia alegria
Ao pé de fogueiras acesas.

No meio da noite despertei,
Apenas ouvi o murmúrio
Do silêncio,
A multidão adormecia longe...
As fogueiras continuavam acesas,
Eu aproximei e tatuei dois nomes
No fogo e na solidão que as cercava.

Assim cumpri teu pedido,
De forma lenta, abstracta,
Intimista.

Hoje não ouço mais as vozes,
O ritual se finalizou
E ficou,
O teu nome e o meu.

Maria Luísa O. M. Adães

6 comentários:

Anónimo disse...

Agora... ardem nomes de fogo
que nos arrastam
num infinito descontrolado
do nosso próprio saber
tornamo-nos imóveis,
escravos do destino,
reféns de uma sociedade insana.

Deusa Poeta
das minhas horas solitárias,
a comunhão do devir dos instantes,
a descoberta dos nossos desejos
e quereres...será,
como se fosse sempre
a primeira vez.

Duas almas carentes
na simbiose do fogo
dois nomes gravas-te
meu e teu,
que se misturam agora
com a nossa poesia

Serás o sempre que és para mim,
o que és,
bem como serás um eu,
um tu e um nós.
dois em um...
para sempre... poeta linda...

Rui

Maria Luisa Adães disse...

Não esqueças que para sempre, é uma

palavra que não deve pertencer-te.

Não há limite no tempo...O nosso

tempo!

Agradeço escreveres. Este, é um recanto meu. Pouco visitado, pouco
conhecido. Mas é meu!

Com carinho,

Maria Luísa

Anónimo disse...

Para "sempre" é uma palavra...
As palavras nunca morrem...
Apenas se calam...
Se escondem...

As palavras que num eco se demonstram... São sempre as mesmas que tentamos esconder, debaixo de um sussurro, de um gesto...
As mesmas que estão presas à nossa voz... ao nosso silêncio...

Nunca as deixes morrer...

Rui

Maria Luisa Adães disse...

Um dia escrevi

"para sempre"

e respondeste :

sou pessoa controversa...

Aí me afastei dessa palavra, dirigida a ti.

Não morreu, mas esqueci!

Mª. Luísa

Unknown disse...

Lindo o teu poema;

lindos os teus poemas no blogs prosa-poetica.

Gosto da tua forma diferente de esvrever.Me encantas!

MC

Anónimo disse...

Poema muito bom!


Gostei!

João